<img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2014/03/28/419982/20140328083756803394a.jpg" alt="O presidente americano disse que a decisão de Putin pode ser "simplesmente um esforço para intimidar a Ucrânia, ou pode ser que eles tenham planos adicionais"" /><br /><br />O presidente americano Barack Obama pediu nesta sexta-feira à Rússia que retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia, depois da operação na Crimeia que, segundo o presidente russo Vladimir Putin, foi um "teste bem sucedido" para seu exército.<br /><br />Em uma entrevista exibida pelo canal CBS News antes de uma visita à Arábia Saudita, Obama disse que a decisão de Putin de concentrar forças militares na fronteira pode ser "simplesmente um esforço para intimidar a Ucrânia, ou pode ser que eles tenham planos adicionais".<br /><br />Apesar das estimativas diferentes sobre o número de militares russos concentrados na fronteira, de acordo com as fontes, Obama destacou que para "aliviar a situação" a Rússia deveria ordenar "o recuo das tropas e começar negociações diretamente com o governo ucraniano, assim como com a comunidade internacional".<br /><br />Putin, por sua parte, confirmou implicitamente a participação de militares russos na tomada de controle da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia após o referendo separatista de 16 de março que desatou a crise com o Ocidente.<br /><br />"Os acontecimentos na Crimeia foram um teste. Demonstraram as novas capacidades de nossas Forças Armadas e a moral sólida dos homens", declarou o presidente russo durante uma cerimônia no Kremlin. O profissionalismo dos militares russos "permitiu evitar as provocações e impediu o derramamento de sangue, além de ter garantido as condições de um referendo livre e pacífico", disse Putin.<br /><br />"Agora temos que continuar com o desenvolvimento das capacidades de combate das unidades de nossas Forças Armadas, incluindo no Ártico". No fim de fevereiro, Putin solicitou e conseguiu que o Senado russo autorizasse uma intervenção do exército na Ucrânia.<br /><br />Homens armados, mas sem o distintivo de sua nacionalidade, tomaram o controle das infraestruturas da península da Crimeia, mas nunca houve uma confirmação oficial até agora da intervenção de militares russos.<br /><br />Mais cedo, Viktor Yanukovytch, o presidente destituído ucraniano em 22 de fevereiro, fez sua terceira aparição desde que fugiu para a Rússia e pediu a organização de referendos em cada região da ex-república soviética para determinar seu status.<br /><br />"Como presidente que está com vocês em pensamento e com a alma, peço a cada cidadão razoável da Ucrânia: não deixem que os impostores usem vocês! Exijam a organização de um referendo sobre o status de cada região da Ucrânia", declarou, em um apelo ao povo ucraniano divulgado pela agência russa ITAR-TASS.<br /><br />Ele descartou a "possibilidade de eleições justas", mas Kiev se prepara para uma votação em 25 de maio. Os postulantes à presidência têm até o próximo domingo para anunciar as candidaturas.<br /><br /><strong>Pró-europeus favoritos</strong><br />Com a candidatura de Yulia Timoshenko, que aos 53 anos se mostra mais decidida do que nunca, a campanha promete ser acirrada entre os líderes do movimento pró-europeu, que lideram as pesquisas.<br /><br />O ex-campeão de boxe Vitali Klitschko poderia ceder sua candidatura ao ex-ministro e empresário Petro Porochenko, favorito das pesquisas. Outros candidatos que aparecem com bons números nas sondagens são o nacionalista Oleg Tiagnikboke e o líder do movimento paramilitar ultranacionalista Pravy Sektor, Dimytro Yaroch.<br /><br />Vários representantes do Partido das Regiões, de Yanukovytch, já manifestaram interesse. Timoshenko, que deixou a prisão no dia da destituição de Yanukovytch, apresentou o tom de sua campanha ao chamar o presidente russo Vladimir Putin de inimigo número um e prometer o fim da "agressão" de Moscou.<br /><br />A rápida anexação da península pela Rússia foi condenada na quinta-feira por uma resolução não vinculante da Assembleia Geral da ONU. O governo russo chamou de "iniciativa contraproducente" a resolução, que apenas complica a solução da crise política na Ucrânia.<br /><br />As autoridades de transição em Kiev tentam manter a pressão e alertam sobre a possibilidade de uma intervenção russa no leste da Ucrânia, com população majoritária de língua russa.<br /><br /><a href="http://publica.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:{%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20mundo%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22134%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22},%22rss%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22},%22opcoes%22:{%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22}}">Leia mais notícias em Mundo</a>