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Estados Unidos analisam sanções contra Venezuela diante ausência de diálogo

Sanções poderão se tornar uma "ferramenta muito importante" se as possibilidades de diálogo entre governo e oposição forem bloqueadas, diz subsecretária de Estado americano



Washington buscará, em primeiro lugar, compor um esforço interamericano, disse Jacobson, apesar de a proposta dos Estados Unidos para resolver a crise venezuelana ter sido recentemente bloqueada pela maioria dos países da OEA. Há duas semanas, o secretário americano de Estado, John Kerry, já havia advertido para possíveis sanções contra a Venezuela.

Jacobson reafirmou a preocupação do governo americano sobre a situação na Venezuela, onde a onda de protestos contra o governo já deixou 34 mortos, 400 feridos e dezenas de denúncias de violações dos direitos humanos. O governo de Nicolás Maduro deteve e condenou à prisão dois prefeitos opositores e o líder da oposição Leopoldo López, levado há um mês para uma unidade militar. Os três são acusados de incitar os protestos violentos. Maduro também decretou, na terça-feira, a prisão de três generais da Força Aérea acusados de tramar um "golpe de Estado" em meio aos protestos.

Jacobson advertiu sobre a situação dos manifestantes detidos "sem acusação" formal e sobre a deputada María Corina Machado, cassada pela Assembleia Nacional por participar de uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) como "representante alternativa" do Panamá.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, confirmou nesta quinta que o governo venezuelano "aceitou na noite passada as condições para se iniciar o diálogo" com a oposição. "Foi criado um grupo de três países, três chanceleres (da União das Nações Sul-Americanas), que darão os últimos retoques para que este diálogo ocorra".

"Oxalá que por meio deste diálogo possamos reduzir a tensão na Venezuela, o que deve repercutir favoravelmente na defesa dos direitos humanos", acrescentou o presidente colombiano.