Tóquio - O tribunal de Shizuoka, no sudeste do Japão, decidiu nesta quinta-feira (27/3) realizar um novo julgamento de Iwao Hakamada, o homem mais velho condenado à morte no planeta, por vários assassinatos cometidos em 1966. Surgiram dúvidas no âmbito judicial sobre a culpabilidade de Iwao Hakamada, atualmente com 78 anos. "O tribunal suspendeu a pena capital a que foi condenado este homem", assinalou um funcionário do judiciário.
Nos últimos anos, surgiram novos elementos sobre o crime, incluindo exames de DNA negativos que provariam a inocência de Hakamada, que sempre negou os assassinatos.
Após sua detenção, Hakamada assinou uma declaração admitindo o crime, mas afirma que foi sob coação policial. A última execução no Japão ocorreu em dezembro passado e hoje há 129 detentos no corredor da morte, segundo o ministério da Justiça. Japão e Estados Unidos são as únicas sociedades democráticas industrializadas do planeta que ainda aplicam a pena de morte.