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Congresso dos Estados Unidos retira reforma do FMI da pauta

Embora acredite que uma maioria do Senado tenha preferido fazer isto incluindo (o artigo relacionado) o FMI, não tinha chance alguma na Câmara dos Representantes", disse chefe da maioria democrata no Senado

Washington - Os democratas que promoviam a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Congresso dos Estados Unidos decidiram nesta terça-feira (25/3) abandonar a iniciativa, incluída em um texto sobre a Ucrânia, devido à oposição implacável dos republicanos.

Harry Reid, chefe da maioria democrata no Senado, anunciou à imprensa que um artigo que ratificava a reforma do FMI que busca aumentar as reservas permanentes da organização e aumenta o peso dos países emergentes em suas decisões -iniciativa assinada em 2010, mas que o Congresso ainda não discutiu- será retirado do texto de ajuda à Ucrânia examinado atualmente pela câmara alta.

"Embora acredite que uma maioria do Senado tenha preferido fazer isto incluindo (o artigo relacionado) o FMI, não tinha chance alguma na Câmara dos Representantes", disse Reid.

Os republicanos consideram que não cabe incluir a reforma no FMI, que o governo tenta aprovar há vários anos, em um texto sobre a Ucrânia.

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"Tentam incluir no debate coisas que não têm que estar lá", insistiu o republicano John Boehner, chefe da Câmara de Representantes.

Muitos parlamentares tentam evitar um longo debate sobre a reforma do FMI e votar o mais rapidamente possível o texto analisado pelo Senado, que autoriza ao governo de Estados Unidos garantir empréstimos a Kiev de 1 bilhão de dólares.

O texto também impõe sanções contra os russos e ucranianos que, segundo o governo americano, são responsáveis por graves violações dos direitos humanos ou atos de corrupção na Ucrânia, e cria créditos de ajuda à democracia e à cooperação militar na Ucrânia e na Europa central.

Após a votação do Senado, que pode acontecer esta semana, o projeto voltará à Câmara de Representantes para uma segunda leitura.