Jornal Correio Braziliense

Mundo

Avião observa objetos flutuantes em buscas ao voo MH370 no Oceano Índico

Os objetos foram avistados 2.500 km ao sudoeste de Perth, a grande cidade da costa oeste australiana

Perth - Um avião australiano que participa na busca do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há 15 dias, observou nesta segunda-feira (24/3) dois objetos flutuando no sul do Oceano Índico, e um navio já seguiu na direção apontada. "A equipe a bordo de um Orion afirmou ter observado dois objetos, o primeiro redondo, cinza ou verde, e o segundo retangular e laranja", afirmou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, no Parlamento.



Especialistas acreditam neste último corredor, pois consideram que o avião não poderia ter sobrevoado a China ou ex-repúblicas soviéticas sem ter sido detectado. Aviões australianos, americanos e neozelandeses sobrevoam a região desde quinta-feira. Navios mercantes e militares também participam nas operações com a esperança de recuperar os objetos detectados do espaço.

Nesta segunda-feira, 10 aviões participavam nas operações de busca após a chegada de dois P3 Orion japoneses e dois Ilyushin-76 enviados pela China. "A busca foi dividida hoje em duas zonas próximas de unos 68.500 km2", informou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).

Detector de caixas pretas


O Pentágono ordenou o envio de um sonar ("Towed Pinger Locator") que pode detectar sinais a uma profundidade de até seis mil metros. O aparelho é posicionado ao fim de cabos de milhares de metros de comprimento rebocados por um barco. Os aviões comerciais possuem duas caixas pretas. Uma registra segundo a segundo todos os parâmetros de voo e a outra as conversas, os sons e os anúncios feitos na cabine dos pilotos.

Mas para poder utilizar estas informações é necessário encontrar as caixas, um trabalho muito complexo quando o acidente acontece no oceano. A urgência é ainda maior, pois os emissores das caixas serão apagados em 12 dias e depois será praticamente impossível encontrá-las em uma das regiões mais inóspitas do planeta. As dificuldades devem aumentar com o anúncio da tempestade Gillian, mil km ao norte, que será acompanhada por fortes chuvas.