Sydney - - O premier australiano, Tony Abbott, disse ter uma esperança crescente em desvendar o mistério em torno do voo MH370, da Malaysia Airlines, e de seus 239 passageiros a bordo, depois que destroços não identificados foram avistados na zona de buscas.
"Ainda é muito cedo para precisar, mas obviamente temos agora um número de pistas muito confiáveis e há uma esperança crescente, nada mais do que esperança, de que estejamos no caminho certo para descobrir o que aconteceu com este avião desafortunado", afirmou Abbott.
O premier deu estas declarações depois que alguns objetos não identificados foram avistados na zona de buscas do Boeing 777, a cerca de 2.500 quilômetros de Perth, na Austrália.
Consultado sobre detalhes, Abbott se referiu a "uma certa quantidade de pequenos objetos bem próximos uns dos outros dentro da zona de buscas australiana, inclusive, pelo que eu entendo, um pallet de madeira".
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Os comentários vêm à tona horas depois de a Autoridade Marítima de Segurança Australiana (AMSA) anunciar que "novas tentativas serão feitas para estabelecer se os objetos avistados têm relação com o MH370".
O premier não mencionou especificamente uma imagem capturada por um satélite chinês, datada de 18 de março, e divulgada neste sábado, que mostrou um grande pedaço do que parece ser um destroço flutuando perto de onde imagens anteriores de satélite tinham mostrado dois pedaços de possível fuselagem no remoto oceano. A confiança de Abbott também se apoiou nos recursos crescentes dedicados às buscas.
Dois aviões chineses e dois Orions japoneses deveriam se juntar, neste domingo, aos seis aviões já envolvidos nesta enorme operação, afirmou o premier."Obviamente quanto mais aeronaves tivermos, mais navios tivermos, mais confiantes estaremos de recuperar qualquer material lá embaixo. Quero dizer que este é realmente um grande esforço internacional e mostra que muitos países são capazes de se unir em um momento de dificuldade", declarou.
O voo MH370 sumiu dos radares civis em 8 de março quando fazia o trajeto entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, e duas semanas depois, os investigadores malaios ainda acreditam que a aeronave foi deliberadamente desviada de seu curso por alguém que estava a bordo.