Roma - A Marinha italiana anunciou nesta terça-feira (18/3) ter resgatado quase 1.200 emigrantes, que chegaram ao canal da Sicília, no final do dia, a bordo de 13 embarcações.
De acordo com as autoridades, 482 emigrantes, entre eles 50 mulheres e 25 menores, foram salvos pelo navio "Euro" da Marinha. O navio-patrulha "Cigala Fulgosi" recuperou 274 pessoas, enquanto duas embarcações da Capitania dos Portos resgataram mais de 200. O navio "San Giusto" seguia em socorro de outras 97 pessoas antes de se dirigir para um outro barco com pelo menos 100 a bordo.
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Na segunda à noite, a Marinha já havia resgatado 600 migrantes sírios, palestinos e eritreus, incluindo 62 mineradores, que atravessavam o Mediterrâneo em suas embarcações com excesso de lotação.
[SAIBAMAIS]Os emigrantes, entre eles 103 mulheres, foram localizados por um avião que patrulhava a área no âmbito da operação "Mare nostrum". A missão foi lançada no último outono pelas autoridade italianas para evitar novas tragédias, como o naufrágio de dois navios que deixou centenas de mortos em outubro de 2013.
Para o chefe do Estado-Maior da Defesa italiana, Luigi Binelli Mantelli, essa operação "contribuiu de maneira determinante para limitar o tráfico de seres humanos". A "Mare Nostrum" foi elogiada pela Organização das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, na sigla em inglês), que viu nessa missão "um exemplo a ser seguido por outros países".
Desde o lançamento da operação e antes do resgate desta terça, o balanço da Marinha era de 76 missões, com o resgate de 10.134 emigrantes, incluindo 1.019 mineradores. Todos se encontram em balsas, em geral precárias.
Em janeiro de 2014, 2.156 emigrantes haviam chegado ao litoral italiano, número dez vezes maior do que no mesmo período em 2013 (217). Em fevereiro, dois foram encontrados mortos em sua embarcação.