Antes de receber a presidente, Francisco enviou uma "bênção especial aos argentinos" por meio dos jornalistas. O Papa cumprimentou um a um os quase 20 jornalistas que esperavam diante da residência onde está hospedado desde que foi eleito pontífice, há um ano.
A presidente Kirchner, que foi acompanhada por uma grande delegação liderada pelo ministro das Relações Exteriores Héctor Timermann, almoçou a sós com o pontífice. O encontro durou mais de duas horas e foi marcado por um clima "familiar, cordial e alegre", indicaram fontes argentinas.
Antes do almoço, a presidente argentina entregou uma série de presentes ao pontífice, incluindo três livros, uma garrafa térmica e uma fotografia de Bergoglio quando era jovem ao lado do amigo Lorenzo De Vedia, um religioso popular conhecido como "padre Toto". Já o Papa presenteou Kirchner com uma imagem de San Martín em bronze e com uma cópia de sua primeira exortação apostólica.
Depois da visita à Itália, a presidente argentina chegou à França, onde deve se reunir com o colega francês François Hollande e participar do Salão do Livro de Paris, no qual a Argentina é o país homenageado.
A visita de Kirchner à França também suscitou expectativas em torno da abertura formal das negociações com o Clube de Paris, o grupo de países com os quais a Argentina mantém uma dívida que ronda os 9,5 bilhões de dólares.
O Clube fez uma proposta na semana passada para que o governo argentino negocie "um acordo de liquidação" de sua dívida no dia 26 de maio em Paris, segundo indicou a secretária-geral do organismo, Clotilde L;Angevin.