A promotoria pediu prisão perpétua contra um homem que descreveu como um "genocida negacionista", acusado de ter incitado, organizado e ajudado a cometer os massacres que deixaram 800 mil mortos entre abril e julho de 1994. Neste breve período, as milícias hutus massacraram principalmente membros da etnia tutsi, mas também hutus moderados. A defesa pediu a absolvição de Simbikangwa, alegando falta de base da acusação e a exploração de um julgamento "político", que visa a aproximar Paris e Kigali após três anos de ruptura das relações diplomáticas, entre 2006 e 2009.
Durante anos, as autoridades ruandesas tutsis acusaram a França de ter apoiado os genocidas. Pascal Simbikangwa foi detido em outubro de 2008 na ilha francesa de Mayotte, onde vivia sob um nome falso há três anos. A justiça francesa se negou a extraditá-lo para Ruanda, como já havia feito em casos similares.