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Vazamento de gás provoca explosão em dois prédios em Nova York

Segundo o prefeito de Blasio, o número de vítimas também aumentou: duas pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas

Centenas de policiais e bombeiros estavam no local, assim como oficiais dos serviços de emergência, enquanto uma densa coluna de fumaça era observada perto da ferrovia da linha Metro-North. Um porta-voz da empresa de energia Con Edison afirmou ao canal NY1 que a companhia recebeu uma ligação do prédio, que alertava para um possível vazamento de gás às 9h13 (10h13 de Brasília), pouco antes da explosão. Moradores também relataram que sentiram o cheiro de gás na área. Mas a Con Edison não confirmou se a explosão foi provocada por um vazamento de gás. "Com certeza o que vemos é algo que seria consistente (com um vazamento de gás), mas nós não podemos afirmar neste ponto o que provocou (a explosão)", disse o porta-voz à NY1. "Houve uma explosão e um prédio desabou", afirmou mais cedo à AFP um porta-voz do departamento de Polícia de Nova York. "A ligação aconteceu às 9H34 (10H34 de Brasília). É um edifício residencial. O Departamento de Bombeiros de Nova York está em processo de controlar o fogo", afirmou outra fonte policial.

O departamento informou que 39 unidades e 168 bombeiros foram enviados ao local, de onde era observada uma espessa coluna de fumaça. A área foi isolada pela polícia. A linha do trem suburbano Metro-North, que passa perto do local da explosão, suspendeu o serviço. "O serviço para e a partir do ;Grand Central Terminal; está temporariamente suspenso até novo aviso sobre a explosão em um edifício adjacente a nossa via", anunciou a empresa no Twitter.

Uma testemunha contou ao canal CBS que muitas pessoas moravam no prédio de seis andares, incluindo um de seus amigos. "Estou com medo. Estou tremendo. Sou asmática e não devia estar aqui, mesmo assim eu vim", acrescentou, visivelmente nervosa. Outra testemunha, que mora do outro lado da rua, disse ao canal ter visto o prédio em chamas e que ele e seus vizinhos sentiram o impacto do desabamento. "Vi uma senhora correndo descalça. Foi uma loucura. É como uma zona de guerra", contou.

"Primeiro pensei que fosse um terremoto. Meus parentes começaram a me ligar e tudo estava de cabeça para baixo. Cara, que loucura", acrescentou. A cidade de Nova York é muito sensível a este tipo de explosão desde os atentados de 11 de setembro de 2001, que deixaram 3.000 mortos.