"Lamento profundamente meu comportamento delitivo", afirmou Hoeness, antes de completar que deseja esclarecer "este triste capítulo da vida". Ele recordou que destinou cinco milhões de euros a obras sociais. "Não sou um parasita social", disse.
O presidente do Bayern optou em janeiro de 2013 por denunciar a si mesmo ao fisco, para regularizar sua situação. O procedimento permite solucionar o caso com o pagamento de uma grande multa e evita que o autor da fraude seja condenado à prisão.
Mas a promotoria de Munique considera o procedimento inválido, pois está convencida de que Hoeness temia ser denunciado em breve pela imprensa. De fato, na época os jornais da Alemanha estavam seguindo a pista de uma conta na Suíça de um importante dirigente do mundo do futebol, mas não revelaram o nome do investigado.
Hoeness foi detido em 20 de março de 2013 e liberado após o pagamento de uma fiança de cinco milhões de euros (6,8 milhões de dólares). Na ocasião, sua mansão na Baviera foi alvo de uma operação de busca.
Se o tribunal aceitar a autodenúncia como válida, o acusado poderá solucionar o caso com uma multa. Mas se considerar que optou muito tarde pela estratégia, Hoeness pode ser condenado a até 10 anos de prisão.