Bogotá - O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, candidato ao Senado nas eleições legislativos deste domingo, disse que votou por sua eleição para o Congresso, pela liberdade de seu país e também pela "dissidência democrática na Venezuela". "Votei por meu partido Centro Democrático, pela liberdade, pela segurança, pela igualdade, pela iniciativa privada, pelo Estado austero, pela participação cidadã", afirmou Uribe aos jornalistas depois de depositar seu voto.
"Votei pela dissidência democrática da Venezuela. Votei contra o sanguinário castro-chavismo, que alguns querem trazer para a Colômbia", acrescentou. As eleições legislativas deste domingo na Colômbia vão servir como um teste do apoio popular ao processo de paz com as Farc, promovido pelo presidente Juan Manuel Santos, candidato à reeleição em março.
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A aliança de centro-direita comandada por Santos busca manter sua maioria no Congresso para prosseguir com o diálogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), iniciado há 16 meses, em Cuba.
A grande incógnita na eleição é Uribe, que rompeu politicamente com Santos, seu ministro e afilhado político, por considerar como traição o diálogo com as Farc, classificadas por ele de terroristas.
Pesquisas estimam que Uribe deve receber cerca de 14% dos votos, o que daria ao seu partido - Centro Democrático - 19 das 102 cadeiras do Senado. "Uribe não alcançará a maioria, mas vai agitar o cenário politico", aposta Luis Guillermo Patiño, diretor do departamento de Ciências Políticas da Pontifícia Universidade Bolivariana de Medellín.
Trinta e dois milhões de pessoas estão habilitadas para votar no país. O voto é facultativo, e a abstenção geralmente fica em torno de 50%.