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Milhares de mineiros em greve cobram aumento salarial na África do Sul

A American Platinum (Amplats) pediu prisão ou multa para vários líderes da manifestação por não respeitar as regras de greve

Joanensburgo - Milhares de mineiros, em greve há um mês e meio, manifestaram nesta quinta-feira (6/3) em Pretória para exigir um aumento salarial, negado pelos três maiores produtores de platina do mundo.

Os mineiros, convocados pelo sindicato AMCU, se reuniram sob forte esquema policial no Union Buildings, a sede do governo, que é acusado de fazer o jogo das companhias Amplats, Implats e Lonmin. A American Platinum (Amplats) pediu prisão ou multa para vários líderes da manifestação por não respeitar as regras de greve.



O AMCU propôs na terça-feira escalonar ao longo dos próximos quatro anos o aumento salarial, em uma primeira concessão desde o início, em 23 de janeiro, do movimento de protesto que paralisa mais da metade da produção mundial de platina.

O sindicato exige uma reavaliação do salário-base até 12.500 rands (840 euros). Segundo o presidente do AMCU, Joseph Mathunwja, "os próprios participantes decidiram continuar a greve".

As companhias produtoras indicaram que "tomaram conhecimento da marcha organizada por AMCU", embora tenham recusado o convite para participar da manifestação. As negociações para acabar com a greve foram suspensas na quarta-feira e não há data para serem retomadas.