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Ucrânia ganha tempo com ajuda da União Europeia e negociações

Em Bruxelas, a Comissão Europeia apresentou um plano de ajuda de pelo menos 11 bilhões de euros para a Ucrânia





Na Crimeia, uma região com população majoritária de língua russa na Ucrânia, forças russas tomaram o controle parcial de duas bases de lançamento de mísseis, mas sem chegar aos foguetes, segundo fontes oficiais ucranianas. O presidente russo, Vladimir Putin, negou o envolvimento de tropas russas na Crimeia. Mas o presidente americano, Barack Obama, colocou em dúvida sua boa fé e afirmou que as declarações de Putin "não enganam ninguém".

Lavrov reiterou nesta quarta-feira a posição da Rússia, que atribui a tomada de edifícios oficiais na Crimeia a "forças de autodefesa" locais. "Eu gostaria que explicassem o que são as forças pró-Rússia: se são as forças de autodefesa criadas pelos habitantes da Crimeia, nós não temos nenhuma autoridade sobre elas. Não recebem nossas ordens", disse.

[SAIBAMAIS]Lavrov destacou ainda que a Rússia está decidida a proteger os cidadãos russos que vivem na Ucrânia. "Não vamos permitir um derramamento de sangue, não vamos permitir atentados contra a vida e a saúde daqueles que vivem na Ucrânia, e também dos cidadãos russos que vivem na Ucrânia", afirmou. A crise na Ucrânia se tornou mais intensa em 22 de fevereiro, com a destituição do presidente pró-Moscou Viktor Yanukovytch pelo Parlamento, após a violenta repressão das manifestações em Kiev.

A Rússia considera a situação um "golpe de Estado" e se nega a reconhecer as novas autoridades. Os protestos começaram em novembro, contra a decisão de Yanukovytch de estreitar vínculos econômicos com a Rússia, em detrimento de uma aproximação da UE.

Busca de uma saída honrosa


O governo dos Estados Unidos - que tem o apoio de França, Grã-Bretanha e Alemanha - deu sinais de que deseja propor a Putin uma saída sem perdedores para a crise, a mais grave entre o Ocidente e Moscou desde o fim da Guerra Fria. Em uma conversa telefônica, Obama e a chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, concordaram com "a importância de uma redução (da tensão), com o envio de observadores internacionais" e o começo de um diálogo entre Moscou e Kiev.

Uma fonte diplomática revelou à AFP que 15 países da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), incluindo Estados Unidos, concordaram em enviar uma missão de observadores militares a Ucrânia.