Cairo - O marechal Abdel Fatah al-Sissi, chefe das forças armadas e homem forte do Egito desde a deposição do presidente islamita Mohamed Mursi, anunciou nesta terça-feira (4/3) que não pode ignorar os apelos do povo para que se apresente às eleições presidenciais.
O marechal Al-Sissi, a personalidade mais popular do país, afirmou, segundo a agência governamental Mena, que "não pode dar as costas no momento em que a maioria exige sua candidatura à eleição presidencial", acrescentando que "serão tomadas medidas oficiais nos próximos dias".
[SAIBAMAIS] Para poder se apresentar às eleições previstas para este ano, Al-Sissi deve renunciar primeiro aos seus cargos de vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa do governo interino instaurado pelos militares, e também partir do Exército ou se aposentar.
Autoridades de alto escalão próximas ao marechal declararam à AFP que ele abandonará suas funções governamentais quando a lei eleitoral que fixa as eleições presidenciais for promulgada. O presidente interino, Adly Mansour, aprovará este texto provavelmente em duas semanas.
Al-Sissi se converteu na figura política mais popular do Egito depois que derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi, o primeiro líder eleito na história do país.
Seus partidários consideram que é um homem forte que pode estabilizar o Egito após três anos de distúrbios iniciados pela revolta de 2011 que provocou a queda de Hosni Mubarak, que permaneceu por três décadas no poder.
Em janeiro, por ocasião do terceiro aniversário do levante de 2011 que derrubou Mubarak - que também era proveniente do exército -, milhares de partidários do marechal Sissi se reuniram para convocá-lo a se apresentar à presidência.