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Londres minimiza documento vazado e fala de sanções com a Rússia

O conteúdo do documento foi fotografado depois que um funcionário de alto escalão que o levava à residência do primeiro-ministro David Camaron não o protegeu suficientemente

Londres - O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, minimizou a importância de um documento vazado que aconselha o governo britânico a não impor sanções à Rússia para não prejudicar o setor financeiro londrino, e declarou que as opções seguem abertas.

O conteúdo do documento foi fotografado depois que um funcionário de alto escalão que o levava à residência do primeiro-ministro David Camaron não o protegeu suficientemente.

Segundo o mesmo, Londres "não deve apoiar por enquanto sanções comerciais" ou "fechar os centros financeiros de Londres aos russos" em resposta às ações de Moscou na Ucrânia.



Londres é um destino muito popular para os milionários russos e os bancos e centros financeiros da City londrina atraem enormes quantidades de dinheiro russo.

"Qualquer coisa escrita em um documento transportado por um funcionário não é necessariamente um guia das decisões que o governo de Sua Majestade tomará. Nossas opções neste tema seguem muito abertas", disse Hague no Parlamento.

O ministro criticou o episódio, afirmando que foi lamentável e não deveria ter ocorrido.

Um deputado respondeu a Hague citando o jornal econômico Financial Times, que afirma que dois terços do dinheiro russo em Londres procede da corrupção e de outros crimes.

"Temos leis importantes neste país sobre pessoas politicamente expostas, e regulações bancárias que as protegem. Temos leis fortes sobre lavagem de dinheiro", se defendeu o ministro, antes de insistir: "nossas opções estão abertas".

Segundo a BBC, o documento afirma que qualquer declaração oficial sobre as sanções à Rússia devem ficar em um plano geral.