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Rússia adverte que reduzirá a zero dependência econômica dos EUA em sanções

Os Estados Unidos suspenderam na segunda-feira sua cooperação militar com a Rússia para protestar contra a intervenção das tropas russas que cercam os soldados ucranianos nos quarteis da Crimeia

Moscou - A Rússia reduzirá a zero sua dependência econômica dos Estados Unidos se Washington impuser sanções pela situação na Ucrânia e isto provocará um "crack" do sistema financeiro americano, advertiu nesta terça-feira (4/3) Serguei Glazieev, um assessor do Kremlin.

No entanto, uma fonte do Kremlin afirmou pouco depois à agência pública Ria Novosti que Glaziev havia expressado sua opinião pessoal e que esta não era a posição oficial do Kremlin.

"Encontraremos a maneira não apenas de reduzir nossa dependência financeira dos Estados Unidos, mas nos beneficiaremos muito destas sanções", declarou Glaziev à agência pública Ria Novosti.



"As tentativas de aplicar sanções à Rússia provocarão um ;crack; do sistema financeiro americano e o fim do domínio dos Estados Unidos no sistema financeiro mundial", acrescentou.

"Seremos obrigados a utilizar outras divisas, a criar nosso próprio sistema de pagamento. Temos relações econômicas e comerciais maravilhosas com nossos sócios no leste e no sul", explicou.

"Se forem adotadas sanções contra as estruturas estatais, seremos obrigados a reconhecer nossa incapacidade para reembolsar os créditos concedidos às estruturas russas pelos bancos americanos", advertiu.

"Porque as sanções são uma faca de dois gumes, e se os Estados Unidos congelarem nossos ativos, então também fica congelado o passivo em dólares de nossas organizações. Isso significa que nossos bancos e nossas empresas não poderão reembolsar os empréstimos a nossos sócios americanos", acrescentou.

Os Estados Unidos suspenderam na segunda-feira sua cooperação militar com a Rússia para protestar contra a intervenção das tropas russas que cercam os soldados ucranianos nos quarteis da Crimeia. Antes, a Casa Branca havia ameaçado a Rússia com sanções diplomáticas e econômicas.

O secretário americano de Estado, John Kerry, chegará nesta terça-feira a Kiev para fornecer seu apoio às novas autoridades ucranianas.