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Eleições legislativas na Tailândia transcorrem sem problemas, diz governo

A Tailândia enfrenta atualmente a mais grave crise desde 2010, quando o exército reprimiu o movimento dos "camisas vermelhas", fieis ao ex-premier Thaksin Shinawatra, irmão da atual primeira-ministra

Phetchaburi - A Tailândia realizou "sem problemas", neste domingo (2/3), suas eleições legislativas parciais em 101 circunscrições onde 120.000 eleitores inscritos não puderam votar em 2 de fevereiro por causa de mobilizações organizadas pela oposição. A votação ocorreu "pacificamente (...), sem problemas", disse Somchai Srisutthiyakorn, membro da comissão eleitoral, que informou que os eleitores foram recebidos por poucos manifestantes na província de Rayong.



Os eleitores foram pouco numerosos na província de Phetchaburi, sul do país, reduto da oposição. "Estava decepcionado por não poder votar no dia 2 de fevereiro", disse Sangwan Yuusuk, de 57 anos.

A Comissão Eleitoral disse que não divulgaria os resultados definitivos das eleições até que todas as circunscrições tivessem votado, e estabeleceu o prazo máximo para abril. As eleições legislativas devem ocorrer ainda em outras províncias. Os manifestantes, que querem substituir o governo por "um conselho do povo" no poder, impediram a votação em 10% dos colégios eleitorais durante o pleito de fevereiro.

A Tailândia enfrenta atualmente a mais grave crise desde 2010, quando o exército reprimiu o movimento dos "camisas vermelhas", fieis ao ex-premier Thaksin Shinawatra, irmão da atual primeira-ministra. Os confrontos entre opositores e governistas já deixaram 90 mortos.

As manifestações atuais, que resultaram em 23 mortos, pedem a saída da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, considerada uma marionete de seu irmão.