O acordo estabelece que a ACP e GUPC anteciparão 100 milhões de dólares cada um para que o ritmo das obras seja normalizado. O convênio também estabelece que a moratória do pagamento de 784 milhões de dólares que ACP tinha antecipado ao GUPC se estenderá até 2018, quando o consórcio entregará as comportas das novas eclusas no mais tardar em dezembro.
[SAIBAMAIS]"Este acordo garante que a obra seja encerrada no tempo mais peremptório (...) A ACP mantém seu norte e esse novo passo nos leva mais perto de completar a obra", segundo Quijano. Além disso, o GUPC deve administrar com a seguradora Zurich America International - que protege o investimento com 600 milhões de fiança - 400 milhões que iriam para um fundo gerido pelo consórcio e a ACP.
Uma vez concluídas as obras, o Canal precisa de um período de testes antes de sua inauguração final, que seria agora em 2016. As obras deveriam ser concluídas em 2014, coincidindo com o centenário da via, mas os trabalhos sofreram atrasos e as autoridades anunciaram o fim do projeto para junho de 2015, data que depois foi prorrogada pela crise de financiamento do projeto a dezembro desse mesmo ano. O conflito, que levou à paralisação das obras entre 7 e 20 de fevereiro, estourou no dia 30 de dezembro quando o consórcio reivindicou à ACP um sobrecusto estimado de 1,2 bilhão de euros pela construção do terceiro jogo de eclusas.
Com o acordo, o GUPC se comprometeu a esperar o resultado de uma arbitragem para atribuir a responsabilidade final dos custos adicionais.