Bangcoc - Manifestantes tailandeses que pedem a saída da primeira-ministra anunciaram nesta sexta-feira (28/2) que vão abandonar a maioria de suas ocupações, depois de uma queda nos números de participantes.
Os opositores, que bloquearam partes importantes da capital Bangcoc por mais de um mês, vão se agrupar em um só ponto, o parque Lumpini, segundo anunciou seu líder, Suthep Thaugsuban.
A medida foi tomada para melhorar o trânsito, prejudicado com os protestos.
Mas Thaugsuban assegurou que a luta para derrubar o governo continua.
"Vamos acelerar para chegar ao final da disputa o mais rápido possível", declarou.
A primeira-ministra Yingluck Shinawatra sofre intensa pressão para renunciar, depois de quatro meses de protestos.
Nos últimos dias, disparos e pequenas explosões, geralmente mirando em manifestantes, deixaram 23 mortos e centenas de feridos.
Suthep aunciou que estava disposto a encontrar Yingluck, mas só se o debate fosse transmitido ao vivo pela televisão.
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A premiê, por sua vez, indicou que só negociaria se as ocupações terminassem.
O índice de participação nos atos sofreu uma grande queda nas últimas semanas. As ocupações ficavam quase desertas durante o dia, e juntavam alguns milhares de pessoas a noite.
O país vive uma disputa de longa data entre setores monarquistas - apoiados por Judiciário e Exército - e a família bilionária de Yingluck, com grande popularidade no norte do país.
[SAIBAMAIS]Yingluck enfrenta um processo judicial, acusada de ser negligente em um esquema de corrupção envolvendo subsídios para plantadores de arroz.
Os opositores acusam a família Shinawatra de comprar votos dos trabalhadores rurais através de políticas populistas.
Os manifestantes querem que a atual administração seja substituída por um "Conselho Popular", que não seria eleito, para a mudar a cultura política do país.
Eles acusam o irmão mais velho de Yingluck, Thaksin Shinawatra - que já foi primeiro-ministro - de administrar o país do exterior, onde ele está para fugir de uma condenação por corrupção.
Thaksin foi derrubado em 2006 por um golpe realizado por militares monarquistas.