Islamabad - Após anos de luta contra grupos islamitas armados, o Paquistão revelou nesta quarta-feira a primeira política antiterrorista de sua história, que prevê operações contra alvos específicos como represália por cada atentado dos insurgentes.
O ministro do Interior, Chadhry Nisar, apresentou sua política sobre segurança nacional perante o Parlamento, um dia depois de sua aprovação pelo conselho de ministros. "Realizamos uma mudança importante em nossa política. A partir de agora, responderemos a cada ato terrorista realizado no país com um ataque contra os quartéis-generais destes insurgentes, perto da fronteira afegã", afirmou Nisar ante o Parlamento.
O ministro declarou que já começaram os ataques dirigidos em zonas tribais em virtude desta lei e explicou que as negociações de paz entre o governo e o grupo islamita armado Tehreek e Taliban Pakistan (TTP), suspensas há uma semana, "podem começar em pouco tempo". "Negociações e ataques contra alvos específicos caminham de mãos dadas", indicou Nasir.
Islamabad suspendeu recentemente o diálogo com este grupo, após o assassinato de 23 soldados pelas mãos de talibãs paquistaneses. A aviação paquistanesa multiplicou posteriormente seus ataques contra os redutos rebeldes no noroeste do país, onde mataram uma centena de supostos talibãs, segundo fontes militares. A Autoridade Nacional de Luta contra o Terrorismo será a agência encarregada dos relatórios sobre questões de ameaça interna, acrescentou o ministro.