Cidade do Vaticano - O papa Francisco fez nesta quarta-feira (26/2) na praça de São Pedro um apelo aos líderes políticos e ao povo venezuelano, em sua maioria católico, para que predominem "o perdão recíproco e um diálogo sincero".
[SAIBAMAIS]"Enquanto asseguro minha oração constante e fervorosa, em particular pelos que perderam a vida nos confrontos e por suas famílias, convido a todos os fiéis a elevar súplicas a Deus, para que interceda maternalmente Nossa Senhora de Coromoto, e que o país recupere rapidamente a paz e a concórdia", completou.
Este foi um pedido particularmente longo, em comparação com os apelos habituais do pontífice sobre outros conflitos. O primeiro papa latino-americano fala pouco sobre as questões de seu continente, atento ao papel de pastor universal.
Em junho do ano passado, Francisco recebeu o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez. Na ocasião, falou sobre "a contribuição decisiva" e "a presença histórica" da Igreja católica. Em novembro, o líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, pediu ao sumo pontífice que intercedesse a favor do diálogo político ante as "ameaças" e a "chantagem" do "regime" de Maduro.
Hugo Chávez, que morreu em março de 2013, era católico, como muitos venezuelanos, mas sua política socialista e nacionalista era questionada pelos conservadores católicos.