Ancara - O presidente turco, Abdullah Gül, promulgou nesta quarta-feira (26/2) a polêmica lei que reforça o controle do governo islamita-conservador sobre o Poder Judicário. A nova legislação entra em vigor em um momento de tensão entre a Justiça e o governo, que enfrenta um grande escândalo político-financeiro.
A denúncia afirma que a conversa ocorreu em 17 de dezembro, data em que explodiu o escândalo. Erdogan, que havia permanecido à margem das denúncias até agora, afirmou que a conversa é "uma montagem indecente" e "um ataque abjeto" contra ele e contra a Turquia. Mas as explicações não convenceram a todos e centenas de pessoas saíram às ruas nesta quarta-feira em Istambul e Ancara para denunciar a "corrupção" do primeiro-ministro e exigir sua renúncia.
Em Istambul, os participantes gritaram "ladrões" na praça Taksim, que em junho de 2013 foi cenário de violentos confrontos entre manifestantes e a polícia. Os manifestantes, convocados pelo Partido Republicano do Povo (CHP), o principal da oposição, distribuíam cédulas falsas, como símbolo da "corrupção" que atribuem ao AKP, no poder desde 2002.
Em Ancara, quase mil pessoas, convocadas por vários sindicatos, protestaram na praça Kizilay. Milhares de pessoas protestaram na terça-feira à noite em várias cidades, segundo a imprensa turca. Os atos provocaram diversos incidentes com a polícia, sobretudo em Istambul e em Ancara, a capital do país.