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Casa Branca demonstra preocupação e pede calma e diálogo na Venezuela

Na visão do porta-voz presidencial Carney, os esforços do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, devem se concentrar na criação de um canal de diálogo para acabar com as tensões que abalaram o país nas últimas semanas

Washington - O governo dos Estados Unidos está empenhado - junto com os aliados regionais - em promover a calma e um "diálogo genuíno" na Venezuela entre todos os atores políticos do país, garantiu nesta segunda-feira o porta-voz presidencial Jay Carney.

"Estamos preocupados e já deixamos claro que com nossos aliados regionais e a OEA trabalhamos para pedir calma e favorecer um diálogo genuíno entre todos os venezuelanos", disse Carney durante a entrevista coletiva diária na Casa Branca.

Na visão de Carney, os esforços do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, devem se concentrar na criação de um canal de diálogo para acabar com as tensões que abalaram o país nas últimas semanas e que já deixaram 14 mortos.

[SAIBAMAIS]

"Enquanto o presidente Maduro propõe o diálogo com os Estados Unidos e a troca de embaixadores, deveria se concentrar na mudança do diálogo com os venezuelanos, porque é isto que está em jogo no momento, e não tem nada a ver com os Estados Unidos".

Para Carney, as autoridades venezuelanas deveriam "libertar imediatamente os manifestantes detidos e também suspender as restrições ao trabalho da imprensa independente e a divulgação de informações".

A liberdade de expressão e de reunião pacífica são "direitos humanos universais, essenciais para o funcionamento da democracia, e o governo da Venezuela tem a obrigação de proteger estas liberdades".

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Maduro convocou nesta segunda-feira uma reunião com prefeitos e governadores para pacificar o país, mas o líder da oposição, Henrique Capriles, governador de Miranda, se negou a participar devido à repressão aos protestos contra o governo.

"Em uma situação de violação dos direitos humanos e de repressão como esta não podemos ir ao Miraflores (Palácio Presidencial)", disse Capriles em entrevista coletiva.