SEUL - A alegria do encontro pela primeira vez depois de décadas de separação pela guerra se transformou em lágrimas neste sábado (com o fim dos emocionantes reencontros de idosos familiares norte-coreanos e sul-coreanos, que provavelmente não terão uma nova oportunidade de reunião.
Em um momento traumático e emotivo, 80 anciãos sul-coreanos e seus 174 familiares do Norte foram obrigados a se despedir, muitos deles com extrema dificuldade.
Os parentes, separados desde a guerra da Coreia (1950-53), foram autorizados a reencontrar-se depois de mais de 60 anos. Neste sábado tiveram uma hora para o adeus, em um hotel do Monte Kumgang, na Coreia do Norte.
Esta foi a primeira reunião de famílias coreanas separadas pela guerra desde 2010. O encontro foi possível após duras negociações entre as autoridades de Seul e Pyongyang.
A Coreia do Norte concordou com o encontro depois de ter exigido, sem sucesso, a anulação dos exercícios militares conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos previstos para começar na próxima segunda-feira.
Os participantes, selecionados por sorteio, levaram aos parentes do Norte presentes, remédios, fotos da família.
Em um momento traumático e emotivo, 80 anciãos sul-coreanos e seus 174 familiares do Norte foram obrigados a se despedir, muitos deles com extrema dificuldade.
Os parentes, separados desde a guerra da Coreia (1950-53), foram autorizados a reencontrar-se depois de mais de 60 anos. Neste sábado tiveram uma hora para o adeus, em um hotel do Monte Kumgang, na Coreia do Norte.
Esta foi a primeira reunião de famílias coreanas separadas pela guerra desde 2010. O encontro foi possível após duras negociações entre as autoridades de Seul e Pyongyang.
A Coreia do Norte concordou com o encontro depois de ter exigido, sem sucesso, a anulação dos exercícios militares conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos previstos para começar na próxima segunda-feira.
Os participantes, selecionados por sorteio, levaram aos parentes do Norte presentes, remédios, fotos da família.
Dez ônibus escoltados por veículos da polícia deixaram na quinta-feira o porto sul-coreano de Sokcho em direção ao monte Kumgang.
Alguns participantes têm graves problemas de saúde e mais de 10 deles usam cadeiras de rodas. Duas idosas viajaram de ambulância.
Dos 125.000 sul-coreanos inscritos desde 1988 para participar no programa de reencontro familiar, 57.000 faleceram e muitos sobreviventes não têm mais condições de fazer a viagem.
No domingo, 88 norte-coreanos se reunirão com 361 familiares do Sul. O reencontro deve prosseguir até terça-feira.
As primeiras reuniões aconteceram em 1985, em um momento de degelo das relações entre as duas Coreias, mais depois foram suspensa por 15 anos.
Uma histórica reunião de cúpula entre os dois países em 2000 permitiu a retomada dos encontros a intervalos regulares.
Desde então, 21.700 pessoas conseguiram reencontrar, por breves momentos, os familiares.
Mas o programa foi interrompido novamente em 2010, após o bombardeio de uma ilha sul-coreana pela Coreia do Norte.
Em estado de confronto quase permanente, as duas Coreias seguem tecnicamente em guerra. Os países não assinaram um tratado de paz depois do armistício de 1953.
A reunião familiar aconteceu poucos dias depois da publicação de um relatório da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte, que acusa o governo de crimes contra a humanidade.
O documento pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que solicite ao Tribunal Penal Internacional (TPI) processos contra os responsáveis por "violações sistemáticas, extensas e grosseiras dos direitos humanos" na Coreia do Norte, que em muitos casos "constituem crimes contra a humanidade".
O regime comunista da Coreia do Norte rejeitou "categoricamente" neste sábado as conclusões do relatório, que chamou de "provocação extremamente perigosa".
A comissão de investigação formada por três juristas considera que "centenas de milhares de presos políticos morreram nos campos durante os 50 últimos anos", "eliminados gradualmente pelas fomes deliberadas, trabalho forçado, execuções, a tortura, os estupros e a rejeição dos direitos de reprodução aplicados por castigos, abortos forçados e infanticídios".
Os três juristas internacionais destacaram que o número de campos e de prisioneiros diminuiu em consequência das mortes e de algumas libertações, mas calculam que de "80.000 a 120.000 prisioneiros políticos estão detidos atualmente em quatro grandes campos prisões para os políticos".
Alguns participantes têm graves problemas de saúde e mais de 10 deles usam cadeiras de rodas. Duas idosas viajaram de ambulância.
Dos 125.000 sul-coreanos inscritos desde 1988 para participar no programa de reencontro familiar, 57.000 faleceram e muitos sobreviventes não têm mais condições de fazer a viagem.
No domingo, 88 norte-coreanos se reunirão com 361 familiares do Sul. O reencontro deve prosseguir até terça-feira.
As primeiras reuniões aconteceram em 1985, em um momento de degelo das relações entre as duas Coreias, mais depois foram suspensa por 15 anos.
Uma histórica reunião de cúpula entre os dois países em 2000 permitiu a retomada dos encontros a intervalos regulares.
Desde então, 21.700 pessoas conseguiram reencontrar, por breves momentos, os familiares.
Mas o programa foi interrompido novamente em 2010, após o bombardeio de uma ilha sul-coreana pela Coreia do Norte.
Em estado de confronto quase permanente, as duas Coreias seguem tecnicamente em guerra. Os países não assinaram um tratado de paz depois do armistício de 1953.
A reunião familiar aconteceu poucos dias depois da publicação de um relatório da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte, que acusa o governo de crimes contra a humanidade.
O documento pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que solicite ao Tribunal Penal Internacional (TPI) processos contra os responsáveis por "violações sistemáticas, extensas e grosseiras dos direitos humanos" na Coreia do Norte, que em muitos casos "constituem crimes contra a humanidade".
O regime comunista da Coreia do Norte rejeitou "categoricamente" neste sábado as conclusões do relatório, que chamou de "provocação extremamente perigosa".
A comissão de investigação formada por três juristas considera que "centenas de milhares de presos políticos morreram nos campos durante os 50 últimos anos", "eliminados gradualmente pelas fomes deliberadas, trabalho forçado, execuções, a tortura, os estupros e a rejeição dos direitos de reprodução aplicados por castigos, abortos forçados e infanticídios".
Os três juristas internacionais destacaram que o número de campos e de prisioneiros diminuiu em consequência das mortes e de algumas libertações, mas calculam que de "80.000 a 120.000 prisioneiros políticos estão detidos atualmente em quatro grandes campos prisões para os políticos".