Nova Délhi - A Suprema Corte da Índia comutou por prisão perpétua a condenação a morte de três acusados do assassinato do primeiro-ministro Rajiv Gandhi em 1991, em consequência do adiamento dos prazos para examinar os recursos de clemência.
O juiz P. Sathasiva, principal juiz do tribunal, considerou excessivos os 11 anos que os presidentes sucessivos da Índia demoraram para pronunciar-se sobre os recursos de clemência dos três homens.
Rajiv Gandhi, derrotado nas eleições de 1989, foi assassinado em 21 de maio de 1991 em um atentado suicida cometido por uma mulher tâmil durante um comício eleitoral no sul da Índia, quando tentava retornar ao poder.
[SAIBAMAIS]
Três homens, integrantes do grupo rebelde cingalês Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), foram condenados a morte por participação no assassinato do ex-primeiro-ministro.
"Pedimos ao governo que se pronuncie em um prazo razoável sobre os recursos de clemência", disse o juiz principal. A Suprema Corte comutou no mês passado a condenação a pena de morte de 15 pessoas.
Rajiv era filho da ex-primeira-ministra Indira Gandhi, assassinada em outubro de 1984, e o marido da indiana de origem italiana Sonia Gandhi, atual dirigente do Partido do Congresso, que governa o país.
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O assassinato de Rajiv Gandhi foi considerado um ato de vingança do LTTE por um pacto estabelecido em 1987 entre os governos da Índia e do Sir Lanka para desarmar a guerrilha, que havia sido treinada e armada por Nova Délhi nos anos 1980.
O LTTE foi eliminado em 2009 pelo exército cingalês, após uma violenta guerra civil que durou três décadas.