Em pronunciamento, Jaua disse que o governo venezuelano teve acesso a cópias de e-mails trocados entre os funcionários americanos e estudantes, o que comprova que os Estados Unidos estão ;financiando os grupos violentos que atuam nas manifestações;. O chanceler apresentou dados sobre um suposto plano da embaixada norte-americana, organizado e promovido para financiar os atos violentos e desencadear uma crise política no país. Ele mostrou três documentos do Wikileaks, pertencentes ao serviço de inteligência dos Estados Unidos, com data anterior aos atos desta semana, datados de 2010 e 2011.
[SAIBAMAIS];Os arquivos mostram que estudantes expressaram interesse em receber apoio dos Estados Unidos e que representantes do governo americano viajaram a Mérida [Oeste do país] para entrar em contato com líderes estudantis em 2010. Em 2011, outro documento mostra a intenção de Washington de aumentar em US$ 30 milhões o financiamento de processos desestabilizadores, devido à proximidade das eleições;, detalhou.
Segundo Jaua, um outro arquivo mostra interesse dos Estados Unidos em apoiar a ;sociedade civil na defesa da democracia;.
Leia mais notícias em Mundo
Além de declarar a expulsão dos diplomatas, conforme anúncio de Maduro na noite de ontem (16), Jaua voltou a criticar os Estados Unidos por recomendarem ao governo venezuelano negociar com os setores opositores.;Ninguém pode dizer ao governo da Venezuela que mude sua forma de atuar contra os grupos violentos;, enfatizou.
Em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente Nicolás Maduro disse ter recebido um relatório do embaixador venezuelano na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, Roy Chaderton, com informações sobre uma série de exigências que o governo Barack Obama teria feito a Venezuela, como negociar com a oposição e libertar os detidos nos protestos.
O governo dos Estados Unidos qualificou as declarações da Venezuela como ;falsas e sem fundamento; e disse que não está colaborando com os protestos no país. ;Apoiamos a defesa dos direitos humanos e as liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e direito de reunião ; na Venezuela e em todos os países do mundo. Mas sempre dissemos que corresponde ao povo venezuelano decidir sobre o futuro político da Venezuela;, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.