"Apoiamos os direitos humanos e as liberdades fundamentais --incluindo a liberdade de expressão e o direito de reunião-- na Venezuela e em todos os países do mundo. Mas, como temos dito há muito tempo, corresponde ao povo venezuelano decidir o futuro político da Venezuela", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
[SAIBAMAIS]"As alegações de que os Estados Unidos estão ajudando a organizar os manifestantes na Venezuela são falsas e sem fundamento," acrescentou Psaki. Maduro anunciou na noite de domingo a expulsão de três diplomatas americanos acusados de se reunir com os líderes das manifestações.
Nesta segunda-feira, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, denunciou a ingerência do governo dos Estados Unidos nos recentes protestos estudantis e revelou os nomes dos três funcionários da embaixada na Venezuela, dando 48 horas para que deixem o país.
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Os diplomatas expulsos são Breean Marie McCusker, segunda secretária exercendo funções de vice-cônsul na Venezuela; Jeffrey Gordon Elsen, segundo secretário da embaixada que também exerce funções de vice-cônsul; e Kristopher Lee Clark, segundo secretário.
Psaki disse que o Departamento de Estado não foi notificado formalmente das expulsões.
Nas últimas duas semanas, estudantes venezuelanos saíram às ruas de Caracas e de outras cidades do país para protestar contra a crescente crise econômica e a violência. Eles exigiam também a liberação de jovens detidos em outros protestos.
Na quarta-feira passada, depois de uma passeata reunindo milhares de estudantes, acompanhada por líderes da oposição, incidentes foram registrados entre manifestantes, policiais e grupos seguidores do governo. Três pessoas morreram e 66 ficaram feridas.
O governo acusou "grupos da ultradireita infiltrados" com o objetivo de provocar "um golpe de Estado", e responsabilizou o líder opositor Leopoldo López pelas mortes.