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Autodefesas assumem combate aos cartéis do narcotráfico no México

Vantagens imediatas, porém, não escondem os riscos de longo prazo da substituição da autoridade de Estado

postado em 17/02/2014 07:00

Milicianos patrulham os acessos à cidade de Apatzingán, que já foi dominada pelo cartel dos Cavaleiros Templários: receita polêmica para o combate ao crime organizado

Quase um mês depois de o governo do México oficializar e anunciar o trabalho conjunto entre polícias estatais e federais e milícias intituladas de autodefesa, o resultado da ação conjunta no estado de Michoacán, um dos maiores produtores de maconha e metanfetamina do país, é animador. Segundo dados do governo federal, 485 pessoas foram detidas nesse período, entre elas Dionísio Loya Plancarte, conhecido como El Tío e considerado um dos líderes do cartel dos Cavaleiros Templários, principal organização criminosa da região. Especialistas ouvidos pelo Correio concordam sobre a importância dessas milícias para a manutenção da segurança, em curto prazo, mas destacam que a estratégia de combate à criminalidade ligada ao tráfico de drogas precisa ser revista.



A ação de civis armados cresceu em áreas onde a presença do Estado é fraca e a população foi praticamente abandonada pelas forças policiais. Desde que começaram a se organizar, em fevereiro do ano passado, as polícias comunitárias expulsaram traficantes de mais de 20 municípios de Michoacán. O coordenador do Departamento de Ciência Política do Instituto Tecnológico Autônomo do México (Itam), Vidal Romero, explica que a iniciativa de aliar esforços do governo com as milícias é consequência da incapacidade do Estado para combater, ao mesmo tempo, os vários cartéis que atuam no país. ;No momento, o governo não tem como substituir as milícias.;

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