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Julgamento de ex-presidente Mursi por espionagem é adiado para dia 23

O novo poder instaurado pelo chefe do Exército, Adel Fatah al Sisi, realiza uma implacável repressão contra qualquer manifestação dos partidários de Mursi

Cairo - O julgamento contra o ex-presidente egípcio Mohamed Mursi ante um tribunal para responder pela acusação de espionagem com objetivo de cometer atos terroristas foi adiado para o próximo domingo, dia 23.

Durante a audiência, no terceiro dos quatro julgamentos em que é réu desde que foi afastado do poder em julho pelo Exército, Mursi classificou o processo de farsa e seus advogados se retiraram do tribunal alegando a falta de sistema de som na cela habilitada para os acusados.

Junto ao primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, também compareceram mais 35 pessoas, entre elas os dirigentes da Irmandade Muçulmana, que venceu as eleições depois da queda do regime de Hosni Mubarak no início de 2011.


Os acusados podem ser condenados à pena de morte. O novo poder instaurado pelo chefe do Exército, Adel Fatah al Sisi, realiza uma implacável repressão contra qualquer manifestação dos partidários de Mursi.

Segundo a Anistia Internacional, 1.400 pessoas morreram nas manifestações desde 3 de julho, em sua maioria manifestantes islamitas.