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Presidente italiano continua com consultas antes da nomeação de Renzi

Enrico Letta renunciou na sexta-feira dez meses após sua chegada ao poder, para dar lugar a seu adversário Renzi.

Roma - O presidente italiano Giorgio Napolitano retomou neste sábado suas consultas depois da demissão, na véspera, do primeiro-ministro Enrico Letta, antes da nomeacão de seu futuro sucessor, o prefeito de Florença, Matteo Renzi.



Depois dos líderes dos micropartidos, Napolitano receberá durante a tarde os representantes da "Nova centro-direita" (NCD), o braço rebelde do Força Itália, o partido de Silvio Berlusconi, que passou para a oposição depois de ter apoiado nos primeiros meses o governo de Letta.

Líder da NCD e ex-ministro do Interior de Letta, Angelino Alfano, que anunciou em uma entrevista ao Il Messaggero que espera que Matteo Renzi apresente um "programa preciso", deverá dizer se manterá seu apoio à coalizão de esquerda-direita no poder há dez anos.

Letta renunciou na sexta-feira dez meses após sua chegada ao poder, para dar lugar a seu adversário Renzi.

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Encurralado pelo próprio partido, PD (Partido Democrático), o chefe de Governo deve ser substituído pelo novo líder de sua formação, o jovem prefeito Renzi, de 39 anos, que forçou a crise do governo. Renzi e Berlusconi, representando o principal partido de direita, também deverão ser consultados até sábado.

Paradoxalmente, Letta deixa o cargo com uma boa notícia para a economia: a saída da recessão tão esperada após dois anos de uma queda ininterrupta do PIB, com um crescimento minúsculo de 0,1% no último trimestre.

Letta, à frente de uma inédita coalizão de partidos de esquerda e de direita, anunciou na quinta-feira a intenção de apresentar a renúncia depois de ter sido derrotado por Renzi.

A crise termina com vários meses de luta interna entre Letta e Renzi, que retirou o apoio ao frágil governo de coalizão depois que a direção do PD respaldou a saída de Letta por 136 votos contra apenas 16.

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A imprensa italiana manifestou preocupação com mais uma crise política no país, que tenta superar a crise econômica. Esta é a terceira mudança de governo na Itália sem que o premiê tenha o apoio das urnas.

Apesar do carisma e da energia do prefeito de Florença, ninguém consegue compreender porque o PD derrubou um governo formado há 293 dias por seu ex-número dois para substitui-lo pelo líder. Depois de formado o seu governo, Renzi deverá se apresentar ao Parlamento para um voto de confiança.