Um membro da mais alta autoridade religiosa da Arábia Saudita defendeu nesta quinta-feira um decreto que proíbe que uma mulher seja atendida por um médico sem a presença de um tutor.
A declaração desse religioso acontece depois da recente morte de uma estudante na Universidade Rei Saud de Riad depois que um enfermeiro foi proibido de entrar no campus devido à ausência de um "Mahram", um guardião legal.
"As mulheres podem ser atendidas por um médico apenas na ausência de uma médica. Nesse caso, não devem ficar sozinhas e o médico só pode olhar para a parte do corpo relacionada à doença", explicou o xeque Qays al-Mubarak, membro do Conselho dos Grandes Ulemás da Arábia Saudita, citado pelo jornal Al-Hayat.
Em 2002, quinze estudantes morreram em um incêndio em uma escola, em Meca, quando a polícia religiosa proibiu as retirada das jovens sob o pretexto de que não estavam vestidas de acordo com o código de vestuário islâmico.