Um militante governista morreu nesta quarta-feira (12/2) em Caracas, onde um grupo de estudantes contrários ao governo protestava contra a insegurança e a crise econômica, indicou o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
"Lamentável o assassinato de um membro combativo da Revolução Bolivariana perto da Praça Candelária (a 200 metros de onde os opositores protestavam). Foi assassinado de forma vil pelo fascismo", disse o número dois do chavismo em um ato transmitido pela televisão oficial.
A morte do simpatizante do chavismo, identificado como morador do bairro popular 23 de Janeiro, reduto do governo, foi registrada durante as manifestações realizadas nesta quarta por estudantes e opositores. A manifestação foi encerrada diante da Procuradoria Geral, na região da Candelária, centro de Caracas.
"Calma e prudência, esta é uma provocação da direita (...) Até quando vamos continuar registrando mortes?", disse Cabello, que não deu detalhes sobre as circunstâncias em que o ativista do chavismo morreu durante a manifestação.
Um fotógrafo da AFP constatou que nas imediações da Procuradoria homens armados em motos dispararam várias vezes, deixando pelos menos duas pessoas feridas.
O protesta dos opositores começou na manhã desta quarta quando milhares de pessoas participaram de uma passeata que saiu da Praça Venezuela rumo à sede da Procuradoria para denunciar a política econômica do presidente Nicolás Maduro, a insegurança e a detenção de universitários em recentes protestos no interior do país.
Às 13h00 (15h30 de Brasília), Maduro havia afirmado durante uma marcha com simpatizantes do chavismo em La Pastora (centro de Caracas) que ambas as manifestações tinham sido realizadas em paz.