[SAIBAMAIS]O primeiro-ministro David Cameron, que convocou uma nova reunião interministerial de crise COBRA nesta manhã, alertou que a situação pode "se agravar antes de melhorar" e que o tempo de espera antes de um retorno à normalidade poderia ser "deprimente".
De acordo com especialistas, certas regiões terão de esperar até maio para ver seu solo seco. Esta perspectiva é terrivelmente frustrante para as vítimas que perdem a paciência à espera de uma resposta política e ajuda militar.
Em visita a Dorset e Devon (sudoeste da Inglaterra), o primeiro-ministro David Cameron deu o exemplo na terça-feira ao cancelar o Conselho de Ministros e abrir mão de uma visita ao Oriente Médio.
Neste momento, a palavra de ordem do Governo é ocupar o terreno, correndo o risco de ser atacado pela população ou ridicularizado pela mídia. Nesta quarta-feira, os jornais deram destaque aos políticos desfilando por todos os cantos, com botas de borracha em seus pés. "Dave and Co, the flood tourists" (Dave e cia., os turistas da inundação), ridicularizou o Daily Mail, considerando que "a aparição dos políticos de botas imaculadas, na vanguarda da moda, é uma visão insuportável aos olhos de muitas vítimas", revoltadas com o lento socorro e a hesitação das autoridades.
A crise tem beneficiado o partido populista Ukip, cujo líder Nigel Farage exigindo no domingo que o país dedicasse parte de sua assistência internacional às vítimas das enchentes.
Aproveitando a ideia, o Daily Mail anunciou nesta quarta-feira que "dez mil pessoas em um só dia" assinaram uma petição defendendo esta solução. Mas David Cameron descartou esta possibilidade, argumentando que a Grã-Bretanha, como um "rico país com uma economia em crescimento", tinha a capacidade de fazer malabarismos em dois combates.