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Evo Morales visita áreas afetadas pelas chuvas na Bolívia

Um deslizamento de terra na noite de sábado arrastou as casas de 15 famílias, todas de camponeses pobres

O presidente boliviano, Evo Morales, visita nesta segunda-feira (10/2) uma das regiões declaradas área de desastre meteorológico, no centro da Bolívia, onde uma enxurrada provocada pelas fortes chuvas matou quatro pessoas e deixou cerca de dez desaparecidos.

Um deslizamento de terra na noite de sábado arrastou as casas de 15 famílias, todas de camponeses pobres. Socorristas ainda trabalham para localizar desaparecidos.

Morales fez primeiro um sobrevoo no município de Morochata, situado em um trecho da Cordilheira Oriental dos Andes, e, em seguida, foi ao local da catástrofe, segundo informações oficiais.

"O presidente se deslocou para o departamento de Cochabamba para coordenar o sistema de ajuda à população afetada", informou em coletiva de imprensa o vice-presidente, Alvaro García. A fonte confirmou que "devido ao deslizamento no município de Morochata (no departamento de Cochabamba) houve quatro mortes já confirmadas e possivelmente 11 desaparecidos".

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Segundo os números mais recentes do governo, as fortes chuvas deixaram pelo menos 40 mortos desde setembro. De acordo com os últimos dados, 47 mil famílias foram afetadas e 33.614 hectares de plantios, danificados pela catástrofe.

Há duas semanas, o governo decretou estado de emergência para mobilizar tropas do Exército e pessoal de emergência, assim como autorizar imediatamente escritórios públicos a usar os recursos econômicos necessários para responder à situação.

A maioria das pessoas deslocadas foram levadas para escolas, igrejas e instalações públicas de municípios e províncias, onde recebem alimentos e remédios.

As regiões mais castigadas são as áreas rurais e pobres dos departamentos de La Paz (oeste), Cochabamba (centro), Potosí (sudoeste) e Beni (nordeste).

A temporada de chuvas, que costuma começar em novembro e dura até fevereiro, antecipou-se desta vez para setembro e se estenderá até março, segundo prognósticos do estatal Senamhi.