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Em ano de eleição, imigrantes ilegais esperam reformas propostas por Obama

Líderes do partido na casa, porém, têm sinalizado pouca disposição para prosseguir no tema e ameaçam usá-lo como instrumento de pressão sobre a Casa Branca



Enquanto cerca de 11 milhões de imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos aguardam a chance de regularizar seu status e se livrar do fantasma da deportação, o cenário em Washington coloca em dúvida a aprovação de uma reforma no setor ainda neste ano. A proposta, uma das prioridades do presidente Barack Obama no segundo mandato, foi aprovada pelo Senado, de maioria democrata (governista), e tramita na Câmara dos Deputados, controlada pela oposição republicana. Líderes do partido na casa, porém, têm sinalizado pouca disposição para prosseguir no tema e ameaçam usá-lo como instrumento de pressão sobre a Casa Branca, em um ano de renovação parcial do Congresso.

Dias depois de desenhar os princípios republicanos para a reforma migratória (leia quadro), o presidente da Câmara, deputado John Boehner ; que chegou a advogar pela busca de consenso ;, afirmou que ;há uma dúvida generalizada; quanto ao governo Obama ser confiável no cumprimento das leis votadas pelos congressistas. ;Será difícil avançar em qualquer lei de imigração até que isso mude. O povo americano não confia que essa reforma será implementada como se pretende.; O temor de Boehner diz respeito à ameaça, feita por Obama no discurso sobre o estado da União, de recorrer a ordens executivas para promover reformas sem depender de aval do Legislativo.

Ainda que o presidente seja pressionado para agir em prol dos imigrantes, Stephen Yale-Loehr, professor da Escola de Direito da Universidade Cornell e especialista no tema, observa que os limites da autoridade do Executivo são controversos e implicam custo político. Embora Obama tenha exortado os congressistas a aprovar a reforma neste ano, o estudioso considera a matéria ;muito complexa em um ano eleitoral;. Yale-Loehr lembra que muitos deputados republicanos carecem de motivação para promover uma reforma adequada, já que representam distritos com baixa porcentagem de imigrantes no eleitorado. ;Se falarem a favor (da reforma), podem ser desafiados por candidatos mais conservadores. É possível que, após as primárias do partido, alguns republicanos se sintam mais à vontade.;

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