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Para conter violência, partidos da Bósnia exigem eleições antecipadas

O objetivo é para a violência da revolta popular no país



Os manifestantes seguiram para uma delegacia de polícia para exigir a libertação de uma dezena de manifestantes detidos durante o protesto violento de sexta-feira, durante o qual os prédios da presidência e da administração regional de Sarajevo foram saqueados e incendiados.

Neste contexto de crise política e econômica, o representante da comunidade internacional, Valentin Inzko (Áustria), declarou em uma entrevista ao jornal Kurier que a União Europeia poderia enviar soldados à Bósnia, "em caso de escalada da situação".

Nesta ex-república iugoslava vive "a situação mais tensa desde o fim da guerra", explicou o diplomata austríaco. "Em caso de escalada da situação, nós deveremos analisar a possibilidade de um envio de tropas da UE", declarou. Quase 600 soldados europeus já estão estacionados na Bósnia, como parte da operação Eufor-Althea sob mandato da ONU.

Os protestos dos últimos dias são os maiores no país desde o final da guerra de independência, de 1992-1995, e deixam em evidência a revolta da população com dirigentes às voltas com conflitos políticos e incapazes de recuperar uma economia devastada.

Este pequeno país balcânico de 3,8 milhões de habitantes, afetado por uma corrupção endêmica, é um dos mais pobres da Europa. O desemprego afeta 44% da população economicamente ativa, mas o Banco Central estima que o número de desocupados seja de 27,5%, pois muitas pessoas trabalham na clandestinidade.