Cidade do Vaticano - O Vaticano criticou nesta sexta-feira (7/2) um relatório incriminador da ONU sobre o modo como a Igreja Católica lida com os casos de pedofilia, declarando que o documento possui "sérias limitações", além de acusar os membros do Comitê da ONU de seguir visões preconceituosas. "As recomendações publicadas pelo Comitê parecem apresentar... graves limitações", declarou o porta-voz Federico Lombardi em um comunicado no site da Rádio Vaticano, defendendo os esforços para acabar com os abusos.
"Eles não entendem ou não querem entender? Em ambos os casos surpreende", declarou. O porta-voz disse ainda que as observações no relatório do Comitê "parecem ir além de suas competências e interferir nas posições doutrinais e morais da Igreja Católica".
Lombardi enfatizou, porém, que não houve confronto entre o Vaticano e as Nações Unidas, destacando as muitas áreas nas quais os dois trabalham juntos e encontram uma ampla base comum na promoção de valores humanitários. Mas ele declarou que o trabalho do Comitê atraiu "críticas sérias e bem fundamentadas" e advertiu que a organização como um todo pode sofrer em termos de opinião pública devido às "consequências negativas" do relatório.