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EUA e UE tentam evitar incidente diplomático provocado por crise ucraniana

A União Europeia não comenta declarações polêmicas de diplomata americana



O Departamento de Estado acusou a Rússia de um suposto grampo dos telefones de diplomatas. A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, informou que Nuland pediu desculpas aos colegas em Bruxelas, que nesta sexta-feira se recusaram a entrar na polêmica.

"Não comentamos os vazamentos de supostas conversas telefônicas", afirmou a porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton. "A UE está comprometida em ajudar o povo ucraniano na atual crise política", completou, sem outros comentários. Mas a chefe do Governo alemã, Angela Merkel, considerou inaceitáveis os insultos.

"Merkel considera que estas declarações são absolutamente inaceitáveis", afirmou a porta-voz, acrescentando que a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, "faz um trabalho excelente".A Rússia não reagiu oficialmente ao incidente.

A tensão diplomática é cada vez maior entre os dois antigos inimigos da Guerra Fria. O assessor econômico de Putin, Serguei Glazyev, acusou Washington de financiar os manifestantes e até mesmo de fornecer munições. "De acordo com nossas informações, fontes americanas gastam 20 milhões de dólares semanais para financiar a oposição e os rebeldes, incluindo armas", disse Glazyev à edição ucraniana do jornal Kommersant pouco antes do vazamento.

Na cidade russa de Sochi, Yanukovytch deve discutir um acordo financeiro vital para salvar o país da crise. Em dezembro, Putin prometeu a Yanukovytch um crédito de 15 bilhões de dólares, mas na semana passada afirmou que a maior parte da quantia não será repassada até a formação de um novo governo em Kiev.