Amsterdã - Um novo museu será aberto nesta quinta-feira (6/2) no Bairro da Luz Vermelha de Amsterdã, destinado a mostrar "a realidade do mundo da prostituição" levando os turistas para os bastidores das famosas vitrines. "Sempre me perguntei o que realmente acontecia por trás das vitrines do bairro, a forma como elas vivem sua vida, como é seu mundo", explicou Melcher de Wind, um dos criadores deste novo museu situado entre dois bordéis, no coração do bairro.
[SAIBAMAIS]Este estabelecimento, chamado de "Red Light Secrets, museu da prostituição", quer se diferenciar de outros museus do setor, como o "museu do sexo" e o "museu do erotismo". "Os outros museus dos arredores se concentram no sexo ou no desempenho sexual. Este apresenta uma visão dos trabalhadores do sexo, o que significa estar por trás de uma vitrine, os olhares que recebem", explica Yolanda van Doeveren, que trabalha sobre a prostituição no Município de Amsterdã. "Talvez agora os turistas tenham uma possibilidade de mudar seu comportamento e mostrarão mais respeito", explicou, destacando que a comunidade não participou financeiramente do projeto.
Aproximadamente 7 mil pessoas trabalham na prostituição em Amsterdã, e 75% delas são provenientes de países de baixa renda, sobretudo da Europa Oriental, segundo o município. Nas 409 "vitrines" da cidade, as mulheres pagam um aluguel de cerca de 150 euros por dia. Trabalham 11 horas diárias, seis dias por semana. A visita de um cliente dura, em média, 10 minutos. A prostituição foi legalizada na Holanda em 2000.