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Ex-tenista e militante gay americana desiste de integrar equipe em Sochi

A presença de Billie King tinha alto valor simbólico em meio à controvérsia com uma lei russa "anti-gay"

Washington - A ex-tenista americana Billie Jean King, dona de 12 títulos em Grand Slams e ativista na luta pelos direitos dos homossexuais, anunciou nesta quarta-feira (5/2) que desistia de integrar a delegação dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Sochi por motivos familiares.

"Devido à deterioração da saúde da minha mãe, não vou poder acompanhar a delegação oficial na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Sochi" nesta sexta-feira, explicou Billie em um comunicado.

"É importante para mim estar com minha mãe e meu irmão durante esse momento doloroso. Quero agradecer ao presidente (Barack) Obama por ter me incluído nessa missão histórica e vou apoiar nossos atletas que competirão em Sochi", completou a americana, que é considerada uma das maiores tenistas da história.

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A presença de Billie King tinha alto valor simbólico, em meio à controvérsia com uma lei "anti-gay" que pune com multa e até prisão a "propaganda homossexual" diante de menores.

A medida levou muitas personalidades do mundo político e esportivo a pedir o boicote dos Jogos.

[SAIBAMAIS]"O presidente tem a senhora King e sua família nos seus pensamentos neste momento difícil e está orando por eles", declarou o porta-voz da Casa Branca Shin Inouye, destacando que Billie foi convidada para refletir "a diversidade" dos Estados Unidos.

O presidente Obama não estará presente na cerimônia de abertura, e a delegação será liderada pela ex-secretária de Segurança Nacional Janet Napolitano. Também marcarão presença em Sochi a jogadora de hóquei Caitlin Cahow e o ex-patinador Brian Boitano, campeão olímpico em Calgary-1988. Ambos anunciaram sua homossexualidade recentemente.