[SAIBAMAIS]"O Grupo Unidos pelo Canal (GUPC) nesse momento já suspendeu os trabalhos. Eles puseram uma ameaça em cima da mesa e nesta quarta-feira a executaram", declarou Quijano.
O administrador do Canal de Panamá afirmou que a "posição inflexível" do GUPC impediu um acordo financeiro e exigiu que as obras desta estratégica via, por onde passa 5% do comércio mundial, continuem.
"Nós exigimos que, neste momento, os trabalhos sejam retomados. O que temos que fazer é reiniciar a obra rapidamente", afirmou Quijano, que lembrou que há dias enviaram ao consórcio uma carta "de consideração de rescindir o contrato e essa ainda está aberta", disse.
GUPC ameaçou em dezembro parar as obras se não fossem reconhecidos os sobrecustos de US$1,6 bilhão.
Uma solução deveria ter sido alcançada na terça-feira, data limite para as negociações entre ACP e GUPC, mas o consórcio comunicou nesta quarta-feira a surpreendente ruptura das práticas, apesar de, na segunda-feira, o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, ter afirmado que estava "próximo" de chegar a um acordo.
"Nós não nos retiramos da mesa", disse Quijano, que não descartou que apesar da interrupção das negociações, ainda que se possa alcançar um acordo com o GUPC.
Sacyr afirma que o consórcio "continua buscando uma solução de financiamento para terminar o projeto e as obras em 2015", e atribuído o fracasso das negociações à ACP.
A ampliação do Canal do Panamá - inaugurado em 1914 e explorado pelos Estados Unidos até sua devolução ao Panamá em 1999 - permitirá a passagem de navios de mais de 12.000 contêineres, três vezes maiores que o que é possível atualmente.