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FAO estima 51 mil crianças em risco de morte por desnutrição na Somália

O número inclui cerca de 203 mil crianças com menos de 5 anos que sofrem de desnutrição aguda, entre as quais 51 mil em situação mais grave

Cerca de 857 mil pessoas precisam de assistência humanitária urgente na Somália por falta de alimentos, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (4/2) na capital do Quênia, Nairóbi, pela Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O número inclui cerca de 203 mil crianças com menos de 5 anos que sofrem de desnutrição aguda, entre as quais 51 mil em situação mais grave.

[SAIBAMAIS]Apesar das recentes chuvas na região, da baixa no preço de alimentos e da assistência humanitária ao país, ainda há 2 milhões de pessoas no país que passam por insegurança alimentar. Ontem (3), o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas (ONU) anunciou a redução de projetos em vários países devido ao déficit de financiamento e fez um apelo à comunidade internacional para que sejam feitas mais doações.



A crise alimentar na Somália é resultado do conflito armado pelo qual o país passa. As tropas da Missão da União Africana na Somália (Amisom), o Exército somali e várias milícias pró-governamentais combatem a milícia fundamentalista islâmica Al Shabab, que domina o país desde 2006, controlando territórios no Centro e no Sul do país. Desde 1991, com a saída do ditador Mohamed Siad Barré, que ficou mais de 20 anos no poder, o país ficou sem governo efetivo, o que abriu caminho para o domínio de milícias e grupos armados.