Com 99% dos votos apurados, após as eleições presidenciais do múltimo domingo (2/2), o Supremo Tribunal Eleitoral de El Salvador anunciou que haverá segundo turno entre o candidato de esquerda e governista Sánchez Cerén, da Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN), e Norman Quijano, da Aliança Republicana Nacionalista (Arena), de direita.
Atual vice-presidente do país, governado por Maurício Funes, Sánchez Cerén obteve 48,92% e Norman Quijano, prefeito de São Salvador, capital do país, obteve 38.95% dos votos apurados. Ao todo, cinco candidatos disputaram as eleições.
Quase 5 milhões (4.955.107) de eleitores de El Salvador foram convocados para participar das eleições e escolher entre cinco candidatos à Presidência. O processo foi acompanhado por 62 observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA). Antes de ser partido político, a FMLN foi uma guerrilha, com o mesmo nome, que participou de um conflito interno no país entre 1980 e 1992.
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Após firmado um acordo de paz, há 22 anos, a frente se transformou em partido político e chegou ao poder em 2009, com Mauricio Funes. Durante o conflito interno, estima-se que 75 mil pessoas foram mortas ou desapareceram. Durante a campanha, a FMLN concentrou-se em mostrar as mudanças na área rural e educacional no país e incentivou os eleitores ;a seguir adiante no caminho iniciado".
Por outro lado, a oposição apresentou denúncias de corrupção e fez promessas na área de segurança pública, tema que mais preocupa a população. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em El Salvador, a desigualdade cresceu nos últimos anos e também a violência e delinquência juvenil. A formação de gangues e o envolvimento de jovens com o narcotráfico são problemas que afetam o país.