Viena - Depois dos recentes progressos no caso iraniano, a AIEA quer passar "às questões mais difíceis" e abordar o delicado tema do eventual capítulo militar do programa nuclear de Teerã, afirmou o diretor geral da agência, Yukiya Amano.
"Nós começamos por medidas práticas e fáceis de aplicar, depois passamos a coisas mais difíceis", afirmou o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "Com certeza nós desejamos incluir as questões (relativas) à possível dimensão militar nas próximas etapas", completou.
Para a AIEA é necessário determinar se o Irã trabalhou na elaboração da bomba atômica antes de 2003, ou depois. Em um relatório severo divulgado em 2011 a agência citou um catálogo de elementos, apresentados como críveis, indicando que a possibilidade não poderia ser descartada. O documento foi criticado pelo Irã, que sempre negou ter desejado ou tentado constituir um arsenal militar nuclear.
Depois de dois anos de discussões infrutíferas, as duas partes concluíram um primeiro acordo de etapa em 11 de novembro, que não cita, no entanto, as questões da possível dimensão militar.