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Parlamento ucraniano adota lei de anistia; oposição se abstém

Após várias horas de negociações, o texto foi aprovado por 232 deputados, dos 416 presentes, sob os gritos de protesto dos parlamentares da oposição, e a sessão foi suspensa

O Parlamento ucraniano adotou nesta quarta-feira uma lei de anistia para os manifestantes detidos durante os confrontos com a polícia, mas apresentou condições rejeitadas pela oposição, que se absteve.

Após várias horas de negociações, o texto foi aprovado por 232 deputados, dos 416 presentes, sob os gritos de protesto dos parlamentares da oposição, e a sessão foi suspensa.

A lei estabelece como condição prévia para a libertação dos detidos que os opositores se retirem dos prédios que ocupam em Kiev há semanas.

O líder do partido nacionalista Svoboda (;Liberdade;), Oleg Tyagnybok, condenou a lei e comparou os opositores detidos a "reféns" porque não serão libertados até que os edifícios sejam desocupados.


"Com esta lei, as autoridades admitiram que mantêm reféns em seu poder, como se elas fossem terroristas, e, com isso, podem negociar com eles", disse Tyagnybok citado pela agência ucraniana Interfax.

O Parlamento, onde o Partido das Regiões, do presidente Viktor Yanukovitch tem maioria, estava reunido desde terça-feira em uma sessão extraordinária para tentar acabar com a crise atravessada pelo país e que, na terça, levou à renúncia do governo.

Yanukovich compareceu ao Parlamento para apoiar a lei.