Cidade do Vaticano - O ex-secretário de João Paulo II, cardeal Stanislaw Dziwisz, que acompanhou por quase 40 anos o papa polonês, pediu nesta quarta-feira (29/1) que os autores do roubo da relíquia com o sangue do pontífice devolvam a peça. Em uma entrevista ao jornal Il Messaggero, o religioso polonês pediu aos ladrões que "restituam a relíquia antes da canonização" do pontífice, prevista para 27 de abril no Vaticano.
[SAIBAMAIS]A relíquia, um pedaço de tela impregnada de sangue e não uma ampola como inicialmente foi informado pela imprensa italiana, foi roubada em 25 de janeiro ao lado de um crucifixo na pequena igreja de San Pietro della Ienca, em uma área montanhosa dos Abruzos, na região central italiana, que era visitada pelo papa polonês no início de seu pontificado. "É um gesto incompreensível", lamentou ;dom Stanislaw;, como costumava ser chamado durante os 27 anos de pontificado de João Paulo II.
"Não entendo um gesto assim, acredito que seja apenas um ato de vandalismo", comentou, depois de descartar a possibilidade de um roubo com fins satânicos, como chegou a ser mencionado pela imprensa. "A relíquia não tem nenhum valor comercial, apenas um enorme peso afetivo", completou.
Quase 50 policiais foram mobilizados para a busca da tela, que poderia ser venerada pelos seguidores do futuro santo, que liderou a Igreja Católica de 1978 a 2005.