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Após protestos, parlamento da Ucrânia derruba leis antimanifestações

A legislação previa penas de até cinco anos de prisão pelo bloqueio de edifícios públicos e multas ou detenção administrativa para os manifestantes que usassem máscaras ou capacetes

Kiev - O Parlamento da Ucrânia anulou nesta terça-feira (28/1) as drásticas leis antimanifestações que provocaram uma radicalização dos protestos pró-europeus. Em uma sessão exibida ao vivo pela televisão, 361 deputados votaram a favor da abolição das leis, consideradas um atentado às liberdades pelos governos ocidentais, e outros dois contra. O resultado da votação foi celebrado com aplausos.



A contestação também chegou ao restante do país e a maioria das administrações regionais do oeste estão ocupadas, o que impede o trabalho dos governadores nomeados pelo presidente Viktor Yanukovich.

A votação aconteceu durante uma sessão extraordinária do Parlamento convocada para tentar encontrar uma saída à crise que começou há mais de dois meses com a recusa do chefe de Estado a assinar um acordo de livre comércio com a União Europeia, preferindo uma aproximação com a Rússia. Na manhã desta terça-feira, o primeiro-ministro Mykola Azarov anunciou sua renúncia.