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Apesar das manifestações, governo tailandês defende eleições polêmicas

Quase 440 mil eleitores, de dois milhões registrados, não conseguiram depositar os votos nas urnas, impedidos pelos manifestantes

Bangcoc - O governo tailandês deseja que as polêmicas eleições legislativas de domingo (2/2) ocorram, apesar das reclamações dos manifestantes por um adiamento e das ameaças da oposição de perturbar a votação, afirmou o vice-primeiro-ministro Surapong Tovichakchaikul. "Insistimos que as eleições de 2 de fevereiro devem acontecer porque a maioria da população quer as eleições", declarou ao fim do conselho de ministros e antes de uma reunião da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, com a Comissão Eleitoral, que deseja o adiamento da votação.

A oposição exige há três meses a renúncia da primeira-ministra e o fim da influência de seu irmão Thaksin, ex-chefe de Governo destituído pelo exército em 2006. Os manifestantes opositores querem que o atual governo seja substituído por um "conselho do povo" não eleito, que primeiro deve organizar uma série de reformas e depois convocar eleições.



Os opositores já perturbaram no domingo passado a votação antecipada organizada para os eleitores que não conseguiriam comparecer às urnas em 2 de fevereiro. Quase 440 mil eleitores, de dois milhões registrados, não conseguiram depositar os votos nas urnas, impedidos pelos manifestantes.