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Apoio às tropas afegãs ficará em risco sem acordo com EUA, diz Otan

"Compartilho as preocupações manifestadas pelos Estados Unidos", declarou Rasmussen, em uma entrevista coletiva em Bruxelas

Bruxelas - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, advertiu o presidente afegão, Hamid Karzai, nesta segunda-feira (27/1), para as consequências "negativas", caso se recuse a assinar o tratado de segurança com os Estados Unidos para os próximos anos.

"Compartilho as preocupações manifestadas pelos Estados Unidos", declarou Rasmussen, em uma entrevista coletiva em Bruxelas.

O presidente afegão se recusa a assinar o tratado bilateral de segurança que define as modalidades da presença militar estrangeira no Afeganistão para depois de 2014. Esse é o prazo final da missão de combate da Otan liderada pelos Estados Unidos.

"Os dirigentes afegãos devem subestimar o impacto negativo na opinião e na classe política dos países que têm tropas" no terreno, alertou Rasmussen.

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Se Cabul rejeitar a presença de tropas, "será extremamente difícil decidir um apoio financeiro para as forças de segurança afegãs", completou Rasmussen. "Não sei como os afegãos poderão pagar os soldados e a polícia sem apoio internacional", acrescentou.

A assinatura do tratado permitirá que as forças afegãs tenham apoio aéreo, por exemplo, depois da saída dos 58 mil soldados da Otan. Da assinatura depende também a instauração de um marco legal para a missão da "assistência, apoio e formação" das forças de segurança afegãs preparada pela Otan. Nesse marco, os Estados Unidos poderão manter até 10 mil militares no Afeganistão por um período de dois anos.

Outros países também anunciaram a intenção de contribuir com efetivo militar, ou financiamento. O presidente afegão prefere esperar a eleição presidencial de 5 de abril de 2014, à qual não poderá se candidatar.